Seguindo com nossa série de análises dos celulares da vasta linha Redmi Note 12, temos em mãos o modelo 12s que fica situado acima do Note 12 4G e tem como seu maior destaque vir equipado com uma câmera de 108 MP, algo normalmente visto nos intermediários premium da Xiaomi. Vamos conferir os seus pontos fortes e fracos para saber se vale a pena comprar.

O Redmi Note 12s vem em caixa clara com a ilustração do aparelho na tampa. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

• Carregador com 33W de potência
• Cabo USB no padrão C
• Guia do usuário
• Capa transparente de silicone
• Chavinha da gaveta do SIM Card

A Xiaomi vem buscando padronizar o design dos seus intermediários e o Redmi Note 12s têm muito em comum com os demais modelos da família. A diferença fica para o bloco de câmeras que além de ser saltado, ainda temos a câmera maior em altura superior, isso por conta do sensor de alta resolução que ocupa mais espaço.

Isso faz com que o aparelho seja mais espesso que o mais simples da linha, porém aqui temos um celular mais compacto por conta da tela de menor proporção. O seu design é quase que totalmente plano, com uma leve curvatura na traseira e parte frontal para aprimorar a pegada e deixar o celular mais confortável de segurar.

O celular é todo feito em plástico e traz pintura fosca com efeito cromático, disponível em três opções: além dessa em azul que testamos, também encontrará o Redmi Note 12s nas cores preta e verde. Em todas, o bloco grande que abriga as câmeras vem na cor preta com acabamento diferente do restante da traseira.

Boa parte desse espaço é dedicado à menção da resolução de 108 MP da câmera principal. Além disso, um dos aros é maior do que os demais e temos um flash de LED duplo completando o conjunto. Na parte frontal há um pequeno furo para a câmera de selfies no topo e borda inferior mais larga que as demais.

O Redmi Note 12s traz entrada padrão para fones de ouvido no topo, assim como emissor de infravermelho. Do lado esquerdo temos uma gaveta tripla que permite usar dois chips e um cartão microSD ao mesmo tempo. O leitor biométrico vem integrado ao botão de energia e funciona bem, precisando apenas encostar o dedo.

Assim como o modelo mais barato da linha, esse também não traz conectividade 5G. Aqui temos Wi-Fi de quinta geração para redes de 5 GHz e Bluetooth 5.2. Esse também possui duas versões, uma com NFC e outra sem. Então fique atento na hora de comprar.

Parece que a Xiaomi economizou no painel adotado para poder investir em sensor mais poderoso para a câmera. Enquanto o mais básico da linha vem com tela de 120 Hz, neste temos uma display de 6,43 polegadas com resolução Full HD+ com tecnologia AMOLED e taxa de atualização de apenas 90 Hz.

Pelo menos ele compensa no brilho por ser superior ao mais barato e realmente chega a se destacar para a categoria. Isso garante que o Redmi Note 12s seja mais indicado para quem usa bastante o celular em locais abertos e não vai sofrer tanto para visualizar o conteúdo sob luz solar. O painel adotado tem amplo contraste e ângulo de visão.

Outro ponto superior ao Note 12 é o som que aqui é estéreo. A potência máxima não chega a ser um destaque para a categoria, porém não vai decepcionar em locais mais ruidosos. Há equilíbrio decente entre graves e médios, enquanto os agudos acabam ficando mais em destaque, apesar de não haver distorção quando o volume está no máximo.

O Redmi Note 12s vem equipado com o Helio G96, um hardware da MediaTek já um pouco antigo que também foi adotado no modelo anterior da linha e presente em alguns celulares da Poco. É uma pena quando a fabricante reaproveita peças do antecessor para tentar baratear custos, mas a boa notícia é que ele foi bem em nosso teste de velocidade.

Ele conseguiu segurar os aplicativos abertos em segundo plano com seus 8 GB de RAM. Isso é algo que a Xiaomi ainda vem sofrendo para lidar até mesmo em celulares que custam o dobro. O Redmi Note 12s também pode ser encontrado em versão com 6 GB de RAM e até 256 GB em armazenamento.

Nos benchmarks temos resultados um pouco acima do Snapdragon 685 que equipa o mais barato da linha, enquanto chegamos perto dos 300 mil pontos no AnTuTu. Em jogos tivemos bom desempenho no Call of Duty na qualidade média com anti-aliasing ativado. No PUBG conseguimos jogar bem na opção HD com tudo ativado.

O Redmi Note 12s vem com bateria de 5.000 mAh e conquistou uma respeitada autonomia em nosso teste padronizado ao render 30 horas de uso moderado com alguns jogos inclusos. Isso garante que você terá até dois dias de bateria tranquilamente.

Esse é mais um celular da Xiaomi a vir com carregador de 33W na caixa. Para ter a bateria completamente cheia será preciso esperar quase 1 hora e 20 minutos, o que parece lento comparado a outros intermediários da marca.

Com uma carga rápida de 15 minutos terá 30% para usar, chegando a 50% com meia hora na tomada, o que já é suficiente para mais de 10 horas de uso moderado.

O conjunto fotográfico é praticamente o mesmo da geração anterior, com a diferença de que a Xiaomi removeu a câmera dedicada para desfoque. Sendo assim, temos um sensor principal de 108 MP, uma ultra-wide de 8 MP e uma terceira para macros com apenas 2 MP.

Não espere por fotos com alto nível de detalhes, por mais que tenhamos um sensor de alta resolução. O hardware antigo da MediaTek traz suas limitações no pós-processamento e temos fotos menos nítidas do que vimos em modelos superiores da Xiaomi com o mesmo sensor.

Principal | Ultra-wide

Ainda assim, temos melhores fotos do que é possível registrar com a câmera mais simples do Redmi Note 12. A principal apresenta boas cores e contraste em dias ensolarados. A ultra-wide não mantém as mesmas cores vistas da principal e fica mais nítido em fotos no final de tarde. Também é comum perceber contraste inferior com esta câmera.

As fotos noturnas são decentes com a câmera principal graças ao modo noturno. Mas este recurso fica indisponível na ultra-wide e com as limitações do sensor e lente, temos fotos bastante inferiores.

Noturno

O zoom do Redmi Note 12s é puramente digital e perde bastante qualidade ao tentar fotografar algo distante. A câmera macro é limitada por conta do sensor de baixa resolução e não há foco automático, então é preciso ter paciência para conseguir boas fotos. Já o desfoque é feito via software e apresenta poucas falhas.

Zoom

Macro

A Xiaomi também manteve o sensor frontal de 16 MP da geração anterior. Em selfies diurnas terá boa qualidade com tom de pele próximo do ideal. As fotos noturnas apresentam queda considerável na nitidez, mas ainda mantêm as cores próximas da realidade. O desfoque de fundo está longe de ser perfeito, mas já vimos piores neste segmento.

Selfies

O Redmi Note 12s grava em Full HD com a câmera traseira e frontal. A qualidade é boa para as filmagens diurnas, porém à noite temos vídeos com muitos ruídos, especialmente com a ultra-wide. O som capturado é estéreo e tem qualidade acima da média dos modelos chineses.

É bom lembrar que o nosso teste de bateria foi feito levando as configurações como vêm nativamente e no caso do Redmi Note 12s, a tela vem travada em 60 Hz para ajudar na autonomia. Ainda assim, na opção 90 Hz vai entregar autonomia para o dia todo.

O sistema em si apresenta boa fluidez com o Android 13 rodando por baixo da MIUI 14. No momento em que testamos, ele estava com versão recente do pacote de segurança. Há suporte a recursos para acessar rapidamente o Google Assistente do botão de energia ou abrir a câmera, ativar lanterna, entre outras opções.

Há a opção de ativar um menu lateral para alguns atalhos rapidamente de qualquer tela. O software acaba reservando 4 GB do armazenamento para expandir a RAM, sendo possível usar 8 GB da memória interna. Na parte de tela é possível calibrar as cores ao seu gosto, porém na parte sonora não temos um equalizador completo com Dolby Atmos visto em outros da marca.

Se você está em busca de um celular intermediário com câmera de 108 MP e não pretende gastar muito, vai acabar encontrando poucas opções no mercado nacional. Entre elas temos o Galaxy M54. Ele custa um pouco a mais do que é cobrado em média pelo Note 12s no varejo nacional, mas em troca entrega desempenho mais ágil, bateria que dura ainda mais, tela maior com 120 Hz e melhores fotos, além de filmar em 4K.

Claro que resolução de sensor não é tudo e há celulares com câmeras teoricamente inferiores que fazem melhores fotos, como é o caso do Galaxy A34. O seu sensor de 48 MP é melhor aproveitado pelo hardware que entrega desempenho similar com bateria que dura um pouco menos. O rival da Samsung traz de vantagem proteção contra água e conectividade 5G.

Pontos fortes

• Tela com brilho forte
• Som estéreo
• Desempenho acima da média
• Bateria dura muito

Pontos fracos

• Tela poderia ser de 120 Hz
• Carregamento mais lento que outros da linha
• Câmera de 108 MP é mal aproveitada